Genese da obra de jung
Jung já estava na segunda metade de sua vida, quando se deparou com o inconsciente. Já o encontro com a alquimia foi uma experiência decisiva, pois encontrou bases históricas, que até então não havia encontrado. A psicologia analítica é essencial nas ciências da natureza, pois está submetida aos preconceitos e condicionamentos pessoais do observador. De 1918 a 1926, Jung se dedicou aos estudos dos gnósticos, pois se interessava pelo fato deles terem encontrado, ao seu modo, o mundo original do inconsciente. Para Jung, a tradição entre a gnose e o presente, era rompida e por muito tempo pensou assim. Apenas quando compreendeu a alquimia percebeu a ligação entre ela, passado e o presente. Jung, antes de descobrir a alquimia, tinha sonhos que se repetiam sempre com o mesmo tema, onde ao lado de sua casa havia outra, como se fosse uma ala de um edifício ou uma construção anexa, que para ele era desconhecida. Um tempo depois teve outro sonho onde ele se dirigia a essa ala desconhecida, lá havia uma biblioteca com livros volumosos, alguns com símbolos em cobre, onde até o momento, Jung não sabia que os símbolos eram alquimistas. A ala desconhecida era parte de sua personalidade, mas Jung não sabia. Já o edifício e a biblioteca se relacionavam com a alquimia. Quinze anos depois, Jung fez uma biblioteca semelhante a do sonho. Em 1926, Jung teve outro sonho, estava em Tirol durante a guerra, com um camponês, estavam em uma carroça, atravessaram uma ponte, depois um túnel, ao final do túnel havia uma paisagem ensolarada, quando Jung se deparou com uma grande casa, semelhante a um castelo, quando chegaram ao pátio, em frente à entrada principal da grande casa, os portais se fecharam e o camponês gritou: “estamos prisioneiros no século XVII”. Após esse sonho Jung se dedicou a leituras sobre a historia do mundo, das religiões e da filosofia. Apenas muito tempo depois, Jung compreendeu que esse sonho se relacionava com a alquimia. Herbert Silberer