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O filme apresenta dados chocantes acerca da interação da saúde do brasileiro com aspectos sociológicos (referentes à mídia, à propaganda, à educação, aos círculos de convivência), nutricionais, entre outros. O choque que o filme pretende causar no espectador é, na verdade, para abrir os olhos em relação ao descaso do povo para com a alimentação, sobretudo, dos filhos. As futuras gerações estão ficando mais obesas do que antigamente (quando havia até mais subnutrição do que obesidade e sobrepeso). Infelizmente, esse comportamento tornou-se comum para muitas pessoas.
Nós podemos ver por essa produção (a qual não tem medo de encarar grandes marcas de alimentos) que a obesidade e o sobrepeso tornaram-se questão de saúde pública. Não se pode ignorar os dados, como a informação de que aproximadamente um terço da população brasileira está acima do peso. Isso tem levado crianças bem jovens a apresentarem doenças de adultos, como problemas cardiorrespiratórios, diabetes tipo 2, depressão, ansiedade.
A tarefa dos pais de educar os filhos tem sido diminuída. Isso pode ser explicado pela menor quantidade de tempo que eles têm passado juntos; afinal, o pai – ou os pais – têm de trabalhar para sustentar a casa, e os filhos têm de ir à escola. Entretanto, o papel da educação destes, que antes cabia aos pais e à escola, tem sido delegado também à mídia. A mídia tem feito um trabalho ostensivo a fim de vender mais e mais, estimulando consumismo, mesmo que isso vá contra a saúde da população. As crianças estão expostas a tudo isso, e são mais suscetíveis aos apelos da propaganda. Não podemos subestimar os efeitos disso, já que, segundo o filme, a televisão (meio de difusão da propaganda) é como uma babá formada em Harvard dentro da sua casa.
Em algumas regiões do país, o acesso à alimentos de qualidade também é precário, ou fica muito longe de onde as pessoas moram. Muitos municípios afastados das grandes cidades encontram-se nessa situação. Enquanto isso, mais e mais alimentos