gddfg

4456 palavras 18 páginas
fsxgfsdgdfgsdfgdf
No seguinte trabalho será analisado o conto “Cega-rega” de Miguel Torga (Adolfo Rocha, 1907 - 1995), um dos escritores portugueses cuja obra nasce no interior da Revista Presença em 1929 com a publicação do poema “Altitudes”. O objetivo principal da nossa analise será identificar e descrever alguns dos principais conceitos e das principais imagens presentes no conto, pertencente aos contos coligidos em Bichos (1940), a partir duma leitura paulatina que nos permita salientar também os aspetos narrativos principais da obra do autor, tendo em conta que dentro das principais características da sua obra encontram-se: a busca de recriação dum ambiente agrário e pastoril que nos remonta não somente à sua origem transmontana, mas também à uma simbologia bíblica, a qual, é apresentada em imagens ou símbolos como: a semente, a colheita, a terra, a água, o vento, o pão, etc., quer dizer, elementos que é possível relacionar com o humano, um dos principais motivos a partir dos quais, Torga constrói a maior parte da sua narrativa e da sua poesia, apresentando-nos a simplicidade e a agudeza da vida humana rural e animal [SARAIVA, 2010: 1014 – 1015]. Posto isto, Bichos é uma obra que tenciona obedecer ao interesse do autor de construir uma “barcaça” que faça com que o leitor fraternize como o autor sob condições de vida que se aproximam da morte e da perda; condições que, obviamente, acham o seu ponto de encontro no contexto histórico-social dum Portugal em crise.

“Este livro teve a boa fortuna de te agradar, e isso encheu-me sempre de júbilo. Escrevo para ti desde que comecei, sem te lisonjear, evidentemente, mas também sem ser insensível às tuas reações. Fazemos parte do mesmo presente temporal e, quer queiras, quer não, do mesmo futuro intemporal. Agora, sofremos as vicissitudes que o momento nos impõe, companheiros na premente realidade quotidiana; mais tarde, seremos o pó da História, o exemplo promissor ou maldito, o pretérito que se cumpriu bem ou mal.

Relacionados