Gattaca
Nesse mesmo filme, chega—se a conclusão de que a criação de seres perfeitos não seria tão fácil assim. Obviamente, para que um ser sem defeito ou deficiência fosse criado, seria necessário que esse descendesse de outros dois seres muito próximos desse nível de perfeição. Seguindo essa teoria, conclui-se que a criação de um ser geneticamente perfeito seria impossível, apesar de ser inegável que a cada geração a ciência se aproximaria mais de tal.
De qualquer maneira, de acordo com o primeiro texto citado, mesmo que fosse possível atingir um nível completamente sem defeitos na geração de um ser humano, não bastaria apenas a interferência genética. São citados exemplos como crianças adotadas e gêmeos idênticos separados ao nascimento. A criação interfere no modo de agir do ser humano. Também se pode citar o caso das crianças-lobo que, apesar de claramente serem humanas, agem exatamente como lobos, pois é a forma com a qual conviveram desde muito cedo e, logo, é o único modo como aprenderam a agir.
No filme, fica claro que os genes não são 100% determinantes quando Jerome – que na verdade é Vincent – vence vários desafios de forma a se provar capaz de realizar seu sonho. Apesar das claras dificuldades enfrentadas, ele consegue atingir seu maior objetivo. Até mesmo antes disso, ele vence seus problemas de saúde para salvar a vida do irmão.
Outro exemplo retirado do filme de que o ser perfeito geneticamente não é necessariamente perfeito é o verdadeiro Jerome – posteriormente chamado de Eugene – que mesmo tendo o corpo e a vida perfeitos, tenta suicídio,