gastrosquise

1. Introdução e etiologia
Gastrosquise, em grego, significa “fissura na barriga” é uma malformação que se caracteriza pelo fato da parede abdominal não se fechar completamente, o que se associa à herniação de algumas estruturas abdominais (em especial o intestino fetal), colocando-as em contato com o líquido amniótico.
É um defeito que se localiza em região para-umbilical (normalmente do lado direito). Em geral, não afeta a inserção do cordão umbilical nem se associa a outras malformações. Enretanto, a exteriorização de estruturas pode causar atresias ou estenose das alças intestinais. Pouco se associa a outras anomalias, mas quando isso ocorre podem aparecer criptorquidia, divertículo de Meckel, duplicação intestinal e, mais raramente, alterações cromossômicas.
A causa desta malformação ainda não está completamente elucidada, entretanto alguns fatores de risco para sua ocorrência já foram identificados. Dentre eles estão o tabagismo materno, o uso de drogas ilícitas (como maconha e cocaína), drogas vasoativas (como as presentes em descongestionantes nasais) e ainda a baixa idade materna ( < 20 anos).
Uma das hipóteses aceitas se relaciona à artéria onfalomesentérica sofrer uma disrrupção durante o desenvolvimento fetal. Entre 5ª e 8ª semanas ocorre uma transição vascular da região para-umbilical direita. A irrigação é inicialmente feita pela veia umbilical direita, a qual sofre involução e passa a nutrição da região para a artéria onfalomesentérica direita. Desta forma, a disrrupção embrionária de vasos, ou mesmo o desencontro temporal na transição vascular, pode gerar injúria isquêmica da região. Fatores genéticos também têm sido relacionados, em uma fração dos casos, à suscetibilidade ao aparecimento desta teratogenia através da recorrência familiar e também da concordância em gêmeos monozigóticos.

2. Epidemiologia
A influência da idade materna na malformação faz sua incidência variar de acordo com este fator.
Em países desenvolvidos a