Gastronomia
LUCRO LÍQUIDO
NO COMÉRCIO
O Sr. Fúlvio Oliveira, empresário de uma loja de confecções, está seriamente preocupado com seu negócio. As dívidas não param de crescer.
Vamos entender sua situação. Sua empresa fatura em torno de
R$ 12.000,00 por mês e tem despesas fixas de R$ 4.500,00.
Além disso, Sr. Fúlvio coloca preços em seus produtos fixando uma porcentagem de 50% sobre o valor de aquisição, ou seja, se uma camiseta custa R$ 10,00, é vendida por R$ 15,00 aos clientes da loja.
O Sr. Fúlvio faz uma conta simples:
A loja fatura R$ 12.000,00 por mês.
Deste valor, R$ 6.000,00 correspondem ao valor de compra para reposição das mercadorias que foram vendidas. Sobram então outros R$ 6.000,00, correspondentes ao lucro bruto (faturamento menos os custos das mercadorias vendidas). Assim, são pagos
R$ 4.500,00 de despesas fixas e a empresa tem um lucro de R$ 1.500,00.
Certo? Como posso então estar cheio de dívidas?
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O raciocínio de Sr. Fúlvio não está correto e vários aspectos merecem uma atenção especial. Um deles é a maneira como ele coloca preços em suas mercadorias. Vamos focar nossa atenção nesse item.
A sua loja, faturando R$ 12.000,00, na realidade tem um custo de aquisição das mercadorias de R$ 8.000,00 (e não de R$ 6.000,00). Isto ocorre, porque os R$ 5,00 de lucro bruto que resultam da venda por R$ 15,00 de uma camiseta que custou R$ 10,00, na verdade, correspondem a uma margem de lucro de 33,33% do preço de venda (R$ 5,00 ÷ R$ 15,00 x 100), e não de 50% como imaginava o Sr. Fúlvio. Podemos deduzir que 33,33% do faturamento de R$ 12.000,00 resultam em R$ 4.000,00 de lucro bruto.
Assim sendo, o custo de aquisição das mercadorias é de R$ 8.000,00, que é a diferença entre o faturamento (R$ 12.000,00) e o lucro bruto (R$ 4.000,00).
Na hora de pagar as contas, a empresa tem um faturamento de
R$ 12.000,00, paga R$ 8.000,00 de custo das mercadorias vendidas e mais R$ 4.500,00 de despesas fixas.
Resultado: prejuízo de R$