Gastronomia Japonesa
1.1- História
A gastronomia japonesa como conhecemos hoje, é fruto de uma série de adaptações e evoluções sofrida ao longo dos muitos anos de história do Japão. Até o século X sua maior influência, onde se destacam o arroz e as massas, vinha de outros países asiáticos como as Coreias e principalmente a China.
A partir dessa deste período da história a culinária japonesa começa a caminhar com as próprias pernas e a tomar a forma que conhecemos atualmente. Mas mesmo assim é importante ressaltar que o ingrediente mestre da cultura japonesa não é o peixe e sim o ARROZ.
1.2- Japão e sua relação com os peixes
Formado por um arquipélago, o Japão tem uma costa bastante extensa. E, por ser um ponto onde as correntes marítimas quentes do Sul se encontram com as águas frias do Norte, permite a existência de uma variedade enorme de peixes. Não por acaso, o japonês ainda é o povo que mais come peixe no mundo. E, além das condições naturais, há outro fator para a consolidação desse hábito alimentar: a religião. “O tabu de comer carne de mamíferos, originário do budismo, colocou o peixe na posição de principal alimento animal por muitos anos, e sem dúvida foi responsável por fazer do Japão a nação de amantes de peixe que é hoje”, escreve Naomici Ishige.
Mas, se o hábito de comer peixe é antigo, o pescado raramente chegava fresco às mesas do antigo Japão. Durante séculos, versões fermentadas em sal, algumas intragáveis para o nosso paladar, foram desenvolvidas como forma de preservar grandes quantidades de peixe após o fim da temporada de pesca. Em algumas dessas técnicas de conservação, caso do shiokara, o peixe era reduzido a uma pasta. Em outras, como o milenar narezushi, o pescado, misturado a arroz cozido, permanecia inteiro por um ano ou mais dentro de potes lacrados. A palavra “sushi” originalmente se referia a esse tipo de peixe longamente fermentado.
Só muito tempo depois, mais precisamente no fim século 17,