Gastrite e úlcera gástrica
O estômago é dividido em quatro regiões anatômicas principais: a cárdia, o fundo, o corpo e o antro. A cárdia e o antro são revestidos principalmente por células foveolares secretoras de mucina que formam as pequenas glândulas. As glândulas antrais são similares, mas também contêm células endócrinas, tais como as células G, que liberam gastrina para estimulara secreção luminal de ácido pelas células parietais dentro do fundo e do corpo gástricos. As glândulas também desenvolvidas do corpo e do fundo também contêm células principais que produzem e secretam enzimas digestivas, tal como a pepsina (ROBBINS& COTRAN, 2010).
Esse ambiente ácídico- mais do que um milhão de vezes mais ácido do que o sangue; é capaz de danificar a mucosa gástricaque é protegida pela camada de mucoformada através da secreção de mucina pelas células foveolares da superfície. Quando por algum motivo essa proteção não é eficaz, a mucosa gástrica pode sofrer lesões que vão de gastrite à ulceração gástrica, podendo até evoluir para neoplasia quando associadas a outros fatores, tais como alimentação.
A gastrite é uma doença caracterizada por alterações histológicas da mucosa gástrica onde se observa infiltrado de células inflamatórias. A inflamação pode ser aguda, crônica ou apresentar forma especial sendo o tipo mais frequente a gastrite crônica bacteriana que está associada à infecção pela bactéria Helicobacter pylori, sendo considerado a causa de infecção crônica mais frequente em humanos. Esta bactéria é também considerada um dos agentes causadores
da
úlcera
péptica
que
pode
evoluir
para
o
desenvolvimento do câncer gástrico (AGUIAR et al., 2002).
O risco de câncer de estômago relaciona-se a hábitos dietéticos tais como consumo de aditivos alimentares e de elevado teor de sal, que ocasionam inflamação da mucosa gástrica, além de associar-se à infecção por
H. pylori (PARKIN et al., 2000).
O pico de incidência de câncer se dá