Gaston bachelard - capitulo iii
Nasceu em 27/jun/1884, em Bar-sur-Aube na França. Faleceu em 16/out/1962 em Paris. Foi um filósofo e poeta francês que estudou sucessivamente as ciências e a filosofia.
Seu pensamento estava focado
principalmente em questões referentes à filosofia da ciência.
Em 1961, é laureado com o Grande Prêmio Nacional de Letras.
O capitulo tem como inicio uma crítica ao filósofo e diplomata francês Henri Bergson (1859/1941), que utilizou a palavra “gaveta” em sentido metafórico, como sinônimo de “conceito”, as palavras da linguagem mais usual, tem sentido poético próprio que é perdido quando transplantado para uma área científica ou filosófica. Henri Bergson
A partir dessa crítica o autor distingui “metáfora” de “imagem”.
A imagem, é “obra da imaginação absoluta, extrai todo o seu ser da imaginação”(p.87), ou seja, está relacionada a imaginação, enquanto a metáfora é considerada uma “imagem fabricada” e por isso, não faz parte de um objeto de estudo fenomenológico, “a metáfora vem dar um corpo concreto a uma impressão difícil de exprimir” e acrescenta “a metáfora é relativa a um ser psíquico diferente dela”(p.87). A metáfora é uma “falsa imagem”, uma vez que não desfruta da mesma virtude de uma imagem formada no devaneio.
Segundo o autor os devaneios da intimidade, são representados por armários, prateleiras, gavetas, cofres e os fundos falsos não podem restringir a memória a um armário de lembranças. Ele ajusta o foco da casa abordado nos capítulos anteriores para objetos que a integram que são espaços de maior intimidade que a própria casa e por isso retém traços psicológicos, possuem uma poesia singular.
No armário, assim como na gaveta, não se guarda uma coisa qualquer, segundo o autor “só um pobre de espírito poderia guardar uma coisa qualquer”, “(...) de qualquer maneira, em um móvel qualquer” (p. 91). Esses são espaços profundos, que registram a vida de quem os possui. Armários e gavetas. O Autor