Gasolina Tese PUC Cap 02
Revisão Bibliográfica
Historicamente, o grande impulso das aplicações da espectroscopia no infravermelho como ferramenta analítica ocorreu durante a segunda guerra mundial. Nessa ocasião, ela foi usada no controle de qualidade em várias indústrias químicas.
Após
o
desenvolvimento
da
instrumentação
da
cromatografia, a espectroscopia no infravermelho restringiu-se, basicamente, a aplicações qualitativas, mas, com a consolidação das técnicas quimiométricas,
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0114349/CA
este quadro vem sendo revertido nos últimos anos. A calibração multivariada, em especial, viabilizou o desenvolvimento de novas metodologias de análise, envolvendo técnicas espectroscópicas com resultados tão bons quanto os obtidos por cromatografia (3). Além disso, a união entre a calibração multivariada e a espectroscopia vem diminuindo o tempo e o custo das análises.
A espectroscopia vibracional é um poderoso instrumento para a determinação da
composição
de
gasolinas.
Por
exemplo,
espectros
infravermelho e Raman podem fornecer informações sobre a razão entre os grupos metil e metileno numa amostra e, conseqüentemente, estimar o seu grau de ramificação. Além disso, esses espectros podem ser utilizados para a detecção da presença de aditivos como benzeno, tolueno e etanol.
Existem diferentes metodologias disponíveis para determinação de compostos orgânicos em misturas complexas como a gasolina, sendo a espectrometria na região do infravermelho que vem demonstrando ser a mais adequada para laboratórios industriais, devido a sua simplicidade e a quantidade de informação fornecida por ela.
O espectro de uma gasolina é dependente de sua composição e esta, por sua vez, vai determinar suas propriedades físico-químicas. É possível, portanto, construir modelos quantitativos com os quais seja possível estimar MON e RON, por exemplo, através de espectros de gasolinas. Desta forma, novas metodologias de avaliação desses parâmetros foram desenvolvidas, com base