gases
ICET - Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas - EngenhariaS
Prof.: Ricardo Martins de Martins
Os Gases Reais
Os gases reais não cumprem exatamente a lei dos gases perfeitos. Os desvios são notáveis a pressões elevadas e em temperaturas baixas, especialmente quando o gás está a ponto de sofrer condensação. Mesmo assim, o conceito de gás ideal mantém a sua utilidade no estudo de gases reais porque o comportamento destes últimos pode ser interpretado como um desvio em relação ao modelo ideal.
Isotermas no plano PV-P
Vamos examinar o comportamento dos gases reais mediante uma série de experimentos, mantendo-se constante a temperatura constante, e variando-se pressão e volume. Portanto, os resultados das medidas da pressão e do volume são colocados sobre isotermas.
Na Figura 1, estão representados estados de equilíbrio de uma massa de gás carbônico sobre algumas isotermas, mediante as coordenadas PV-P, em um largo intervalo de pressão.
Em tal diagrama, as isotermas de um gás ideal seriam representadas por retas paralelas ao eixo das pressões. Comparando-se as isotermas de CO2 com as isotermas de um gás ideal, verifica-se o seguinte:
- em temperaturas inferiores a 500oC, todas as isotermas do CO2 passam por um mínimo. Nessa região de temperatura, o gás se mostra, a princípio, mais compressível que um gás ideal, à medida que aumenta a pressão, até que, ultrapassada uma certa pressão, esta tendência se inverte e (PV)T aumenta regularmente, retomando o valor ideal nRT e ultrapassando-o. Unindo todos os mínimos, obtém-se uma "curva de mínimos". Procedendo da mesma forma com os pontos em que (PV) T retoma o valor ideal, tem-se a "curva dos pontos ideais". Abaixo de sua temperatura crítica