Gary sinise
Você já reparou na capacidade de controle que a população tem sobre a música? Pois nós já. Músicas que eram bregas, hoje são sucesso e o que ontem estava “na crista da onda”, hoje se encontra em seu vale. O cenário musical brasileiro reflete bem essa mudança em decorrências dos gostos da população. Não iremos assim tão longe.
Cenário: década de 70. Jair Rodrigues disputava festivais de MPB na rede Record. Junto com ele alguns nomes que você talvez conheca: Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e os Mutantes, entre diversos outros. Todos os anos, os maiores artistas do cenário musical brasileiro disputavam o prêmio de maior valor e credibilidade dentro do meio. Existia a valorização daquilo que é bom... de música boa.
O que acompanhamos na música brasileira ultimamente chega a ser lastimável. Num dia normal em que se sai de carro, seja para o trabalho, para a faculdade ou qualquer outro lugar, o segundo pior inimigo do motorista que ouve (gosta e conhece) música – o primeiro é o trânsito mesmo – é o rádio e as suas programações. Semi-músicos estão tomando o lugar daqueles que tem qualidade. Isso é refletido nos diversas emissoras de rádio que alteraram radicalmente a sua programação por não mais acompanharem os “hits do momento”.
Não é culpa das emissoras de rádio. Elas são apenas mais uma vítima desta pseudo-música atual. É claro que todo música tem o seu valor, independente de gostos pessoais, já que, na humilde opinião desde editor que vos fala, toda expressão em forma musical é válida e merece ao menos ser conhecida.
Voltemos à nossa história. Cenário: anos 2000. Músicos da mais extrema qualidade, letrados em teoria musical e criativos suficientes a ponto de deixarem de lado as inovações tecnológicas que muitas vezes ouvimos personagens atuais dublando em seus “shows”, são desvalorizados e menosprezados em Nova Orleans, capital mundial do Jazz negro. Você deve estar se perguntando: “Por que estes músicos são tão bons