Garimpo ilegal com menores
Grupos de crime organizado estão forçando crianças e adolescentes a trabalhar na mineração ilegal de ouro, de acordo com autoridades e defensores dos direitos humanos.
Muitas dessas crianças e adolescentes também são abusadas sexualmente por seus captores, de acordo com o estudo “Indicadores de Análise de Risco de Trabalho Forçado e Tráfico na Mineração Ilegal de Ouro no Peru”, divulgado pelo Verité, grupo de direitos humanos sediado nos Estados Unidos.
O Cartel de Sinaloa, o Los Urabeños e o Los Rastojos estão entre os grupos do crime organizado que realizam extração ilegal de ouro. Esses grupos são organizações internacionais de tráfico de drogas e outras atividades criminosas.
Os grupos do crime organizado estão se aproveitando de um dos recursos naturais mais valiosos do Peru.
O Peru é o maior produtor de ouro da América Latina e o sexto maior do mundo. Mineradores honestos enfrentaram a competição de grupos violentos do crime organizado nos últimos anos. Esses grupos empregam 100.000 pessoas diretamente em extração ilegal de ouro e outras 400.000 indiretamente, de acordo com o relatório do Verité. Cerca de 50.000 crianças e adolescentes trabalhavam na mineração ilegal de ouro em 2010, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
As atividades ilegais do crime organizado produzem entre 15% a 22% do ouro do país, o equivalente a US$ 3 bilhões todos os anos, aponta o relatório. Desde 2008, a produção de ouro extraído ilegalmente aumentou cinco vezes no Peru, de acordo com estudos divulgados.
Abusos contra os direitos humanos
O ingresso dos grupos do crime organizado no negócio de extração de ouro levou ao “trabalho infantil forçado, à perda de vidas humanas, ao tráfico de pessoas e à exploração sexual”, segundo o relatório.
“O problema é alarmante. Clãs familiares e gangues criminosas acumularam grandes fortunas ao obter ouro com o suor e lágrimas de crianças e