Gargalo Logístico
22/03/2013 - 20h38
Economia
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O grande congestionamento de caminhões ao longo da Rodovia Cônego Domênico Rangoni (conhecida como Piaçaguera-Guarujá), na Baixada Santista, para descarregar no Porto de Santos, é resultado “da logística insuficiente das operações de granel”, disse hoje (22) o diretor de Operações da Santos Brasil Participações (prestadora de serviços de infraestrutura portuária e logística), Caio Morel.
“Os caminhões graneleiros carregam em Mato Grosso em desacordo com o que os terminais aqui possam receber”, ressaltou Morel em entrevista hoje (22) à Agência Brasil. O que ocorre, segundo ele, é que parte da carga de soja, antes embarcada pelo Porto de Paranaguá (no litoral do Paraná), passou este ano a ser embarcada pelo Porto de Santos. E o problema se agrava, de acordo com Morel, por causa dessa logística da safra de grãos.
“A rodovia é feita para o fluxo ser contínuo. O porto aqui tem capacidade para receber essa carga que está sendo movimentada. O problema é que o tráfego de granel (quando a mercadoria é transportada sem necessidade de embalagem ou acondicionamento tais como grãos, cereais, carvão, fertilizantes e sal) não tem logística. Então os caminhões vem para cá, para o porto, sem programação. E os terminais não conseguem atender. E quando os terminais não conseguem atender, os caminhões param na estrada e isso acaba causando muito congestionamento”, explicou.
De acordo com a Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, os congestionamentos na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, principal via de ligação portuária para chegar à margem esquerda do terminal do Porto de Santos, tem apresentado congestionamentos constantes, em média, de 20 quilômetros.
Para Morel, uma das soluções para o problema seria o uso de pátios reguladores nos terminais de granel. “Nem todos os