Galo
Bem, vc foi cirúrgico ao mencionar os anos 90 com um nascedouro de algumas vícios táticos do futebol brasileiro. Grosso modo, a década de 90 marcou o predomínio do tal "4-4-2 à brasileira", que na verdade seria um 4-2-2-2, com uma divisão bem clara do setor de meio campo em dois volantes e dois meias de cada lado. Nesse esquema, havia uma espécie de "lei da compensação" eterna: se um volante saísse mais pro jogo, o outro teria necessariamente de ser um brucutu marcador, pra segurar a marcação. Se um zagueiro fosse clássico, refinado, o outro teria de ser mais viril, pra salvar caso a classe falhasse. Se um meia era lento, de passe, o outro teria de ser dinâmico e "tático". Se um atacante era fixo, o outro era de velocidade e alguns outros etcas. Lembremos das duplas clássicas que formaram alguns setore memoráveis dessa década e veremos a "lei" aplicada a prática: Odvan e Mauro galvão, Cléber e Antônio Carlos, Gamarra e Batata. Dinho e Luís Carlos Goiano, Amaral e Flávio Conceição, Pintado e Cerezo; Ramon e Pedrinho, Alex e Zinho, Marquinhos e Djalminha, Giovanni e Jamelli, Marcelinho e Ricardinho. Assim como em Paulo Nunes e Óseas (Jardel), Edmundo e Evair, Donizete e Luizão (Túlio), Edílson e Luizão, etcas, etcas.
Junto a isso ocorreu um boom desse fato que você mencionou: laterais ultratécnicos e ultra ofensivos. Em geral, também obecendo a uma compensação: se havia um lateral que subia muito, havia outro mais discreto no apoio: no SP-92, se Cafu subia, havia o