galio

A peste é essencialmente uma zoonose de roedores, causada pela bactéria Yersinia pestis, sua transmissão ocorre no homem principalmente através da picada de pulgas infectadas, sendo a Xenopsylla cheopis considerada vetor clássico da doença ou ao se alimentar de animais infectados apesar de haver inúmeras espécies com potencial vetorial. Os roedores são os principais reservatórios da doença e estima-se que cerca de 200 espécies estejam envolvidas no seu ciclo epidemiológico1. No Brasil, predominam os gêneros Necromys , Calomys, Oligoryzomys e Rattus,.A transmissão inter-humana pode ocorrer por aerossóis na forma pneumônica, por acidentes com tecidos e materiais em trabalhos de campo ou em laboratório

Formas Clínicas

No homem, a doença pode apresentar-se em três formas clínicas principais: bubônica, pulmonar e septicêmica. A peste bubônica é a forma mais comum e caracteriza-se pela presença de linfadenite regional (bubão) na cadeia que drena a região da picada da pulga, o paciente usualmente desenvolve sintomas como febre alta, dor de cabeça, calafrios e dores generalizadas, náuseas, vômitos e diarréia. Quando diagnosticada precocemente é tratável em no mínimo 50% dos casos. A peste septicêmica geralmente aparece na fase terminal da forma bubônica não tratada, apresenta os mesmos sintomas da fase anterior além de hemorragias cutâneas e distúrbios gastrintestinais. Quando não tratada sobrevêm o coma e a morte no fim de 2 a 3 dias. A peste pneumônica é a forma mais preocupante, pela alta letalidade e pelo seu alto potencial de contágio. Quando transmitida homem a homem pode provocar epidemias. o quadro infeccioso é grave, de evolução rápida, com sinais e sintomas pulmonares discretos. Os doentes apresentam dor torácica, respiração curta e rápida, cianose e expectoração sanguinolenta rica em bacilos petrosos.

Agente Etiológico

O gênero Yersinia da família Enterobacteriaceae é composto de 11

espécies, das quais três são patógenos humanos : Y. pestis, Y.