Galileu Galilei
Galileu propõe a renovação da ciência de sua época abandonando a confiança na autoridade, no senso comum e na tradição. Busca uma ciência livre de tudo aquilo que a prende tanto a cultura como a teologia. Para ele os textos da tradição filosófica ou teológica não devem servir para responder as questões científicas. As questões científicas devem ser confirmadas ou refutadas através da experiência e da observação feitas diretamente sobre o objeto que está sendo examinado. Não podemos desprezar o conhecimento que a natureza nos oferece de forma direta em benefício de textos sagrados ou filosóficos que discordam dessa observação.
A natureza é o livro da ciência e para ler esse livro necessitamos da experiência direta sobre a natureza, é nessa experiência que encontraremos a verdade. A natureza não nos engana, nós é que podemos nos enganar se não a observarmos de forma correta e com os instrumentos necessários a essa observação. A experiência não é somente a observação da natureza a experiência para conhecer a natureza tem que ser um experimento, uma experiência construída, programada, organizada, com um objetivo próprio, que é o de confirmar ou refutar uma hipótese. A construção do experimento depende de uma teoria que vai fundamentá-lo.
Através da razão o homem poderá interpretar e transcrever em forma de conceitos o fenômeno que ele observou na natureza. A matemática é o grande auxílio da razão nesse trabalho de interpretação. Com a colaboração da matemática poderemos formular teorias científicas que explicarão os fatos demonstrados pela experiência. A matemática aplicada à experiência e à demonstração serve para tornar evidente ou refutar as hipóteses formuladas. A matemática é o instrumento de investigação da natureza.
A experiência é o limite do nosso conhecimento. A razão não tem a capacidade de conhecer a essência das coisas.
A natureza é organizada por uma