Gado de corte
SISTEMAS ALTERNATIVOS
Luiz Roberto Lopes de S.Thiago
Fernando Paim Costa
No Brasil Central, bovinos engordados a pasto apresentam bom desenvolvimento na estação das chuvas (ganhos de peso da ordem de 500 g/dia) e fraco desempenho na época seca, quando mantém ou até mesmo perdem peso, devido à baixa produção e qualidade das pastagens. Esta seqüência de bons e maus desempenhos geralmente resulta em abate aos 54 meses de idade, com um peso médio de 525 kg.
Algumas práticas como manejo adequado, uso de espécies tolerantes à seca, adubação e irrigação, poderiam aumentar a produção das pastagens na seca, mas nunca a níveis que permitissem ganhos de peso semelhantes aos obtidos na estação das águas. Isto se deve ao fato de o amadurecimento das plantas, que ocorre durante o período da seca (jun-set.), resultar em massa verde composta de paredes celulares mais resistentes à degradação ruminal, que, em conseqüência, reduza qualidade da forragem.
Assim, se há interesse em manter, na seca, ganhos de peso iguais ou superiores aos obtidos nas águas, deve-se fornecer aos animais uma alimentação mais equilibrada do que aquela que o animal obtém em pastejo. O confinamento pode ser utilizado para este propósito.
Quando se fala em confinamento, é preciso definir claramente o sistema em questão. Diferentes objetivos e disponibilidades de recursos podem determinar inúmeras combinações entre vários tipos de instalações, animais e rações.
No caso brasileiro, onde há muita terra, pouco capital, baixo poder aquisitivo e um sistema de classificação de carcaças ainda incipiente, parece mais lógico confinar visando-se à terminação durante a época da entressafra, utilizando-se instalações simples e práticas e alimentos produzidos na própria fazenda.
Alguns fatores que podem contribuir para o sucesso do confinamento são discutidos a seguir:
1)Custo das instalações: estas devem ser simples, mas também eficientes e práticas. Nas condições climáticas do