Gaby Aghion

Gaby Aghion
Nasceu Gabrielle Hanoka, em Alexandria, no Egipto, filha de um fabricante de cigarros greco-italiano, em 1921. De cabelos negros, descrita como "uma beleza sombria de espírito boémio", cresceu na mais elegante cidade do Médio Oriente com uma educação ao estilo francês. Cosmopolita, no verdadeiro sentido da palavra, aos 18 anos conheceu Paris enquanto jovem estudante. Um ano mais tarde, casou com Raymond Aghion, um colega de escola judeu de uma família abastada, de convicções de esquerda, que se refugiara no Egipto aquando da Segunda Guerra Mundial. Com o terminar da mesma, rumaram a Paris. O estilo de vida na capital francesa era boémio e artístico. Conheciam Picasso, conviviam com o poeta surrealista Paul Éluard e com Lawrence Durrell – Gaby sempre negou ter sido a fonte de inspiração paraa personagem de Justine, em Quarteto de Alexandria, uma misteriosa mulher por quem todos os homens se sentiam seduzidos; restar-nos-ia Lawrence para o confirmar. Raymond abriu uma galeria de arte. Gaby colecionava-a ao mesmo tempo que descobria o mundo da Alta-Costura. Em 1952, decide emancipar-se e cria a Chloé. A denominação foi inspirada numa amiga porque soava a nome de "cartomante". O conceito foi completamente seu: seis vestidos de verão por si desenhados, costurados no seu apartamento, no quarto da empregada. Designs simples, fabricados em algodão acessível, mas de qualidade, para que pudessem ser facilmente alterados e adaptados ao corpo de cada mulher. Não avançou com umamaison mas com uma marca e vendeu os vestidos de boutique em boutique, por Paris, de mala na mão. Foi o nascer do pronto-a-vestir de luxo. Em 1956, apresentou uma coleção prêt-à-porter, no Café de Flore, na Boulevard Saint Germain, já com o apoio do sócio, Jacques Lenoir. Depois disso, passou a apresentar coleções duas vezes por ano. Enquanto criadora, Gaby não era de grandes inovações. Preferia os estilos retro e, em vez de desenvolver ideias pessoais complexas, respondia às