Gabriel Geografia
Com o Golpe Militar, o ensino em todas as áreas da educação brasileira passou a ser rigidamente vigiado pelos comandantes das
Forças
Armadas.
Estudantes em passeata -1968, no Rio de Janeiro.
A presença das Forças Armadas como elemento principal à frente do Aparelho do Estado, determinando o conteúdo e a forma da política educacional no Brasil, contribuiu no modo como se organizaram as instituições educacionais neste contexto histórico-ideológico. 1/14
Nesse período houve grande intervenção nas Universidades brasileiras. O Conselho Federal de Educação – CFE – nomeou reitores militares para diversas instituições de ensino tentando assegurar o controle militar.
Na Universidade de Brasília – UnB, ocorreu invasão por tropas, destituindo o reitor Anísio Teixeira, prendendo professores e alunos suspeitos de serem subversivos, encaminhando-os para
Inquérito Policial Militar.
O Inquérito Policial Militar julgava sem possibilitar ao “suposto réu” qualquer forma de apresentação de protestos, desrespeitando os princípios legais do contraditório e da ampla defesa. 2/14
Grandes educadores foram calados ou perseguidos em função de posicionamentos ideológicos.
Anísio Teixeira
Durmeval Trigueiro
Fernando de Azevedo
Lourenço Filho
Lauro de Oliveira Lima
Carneiro Leão
Paulo Freire
Paschoal Lemme
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Os militares cessaram com o movimento de alfabetização de adultos.
Paulo Freire, no início dos anos de 60, liderava o movimento de alfabetização de adultos, tanto para alfabetizar quanto para desenvolver a consciência política dos adultos analfabetos. Essa iniciativa de Paulo Freire ia totalmente de encontro com a perspectiva militar. Os militares substituíram as propostas desse movimento pelo Mobral, que não previa um círculo de alfabetização, fazendo com que logo esquecessem o que aprenderam. Não era objetivo dos militares desenvolver qualquer mentalidade política para os adultos.
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O governo militar no Brasil não tinha o intuito de melhorar a