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A palavra hospital vem do latim "hospes", que significa hóspede, dando origem a "hospitalis" e a "hospitium" que designavam o lugar onde se hospedavam na Antigüidade, além de enfermos, viajantes e peregrinos. Quando o estabelecimento se ocupava dos pobres, incuráveis e insanos, a designação era de "hospitium", ou seja, hospício, que por muito tempo foi usado para designar hospital de psiquiatria.
A figura do hospital, bem como suas funções tem um marco divisor: antes e depois da Era Cristã. Na Grécia, Egito e Índia antigos, os médicos aprendiam medicina em locais junto aos templos e exerciam a profissão no domicílio das pessoas enfermas. Havia na Grécia construções semelhantes a hospitais junto aos templos dedicados ao deus Esculápio. Nesses locais, eram colocadas as pessoas enfermas ante a estátua desse deus para que a ação dos sonhos associada à de medicamentos empíricos preparados pelos sacerdotes pudessem curar os doentes.
Na Índia Antiga, se tem notícias de aparecimento de construções do tipo hospitalar junto às estradas por onde passavam os exércitos, principalmente, na linha de frente do Império Romano. Nesses locais, as tropas descansavam e os enfermos eram tratados. Surgem também, nessa época, estabelecimentos semelhantes para o descanso e tratamento de civis, principalmente, para o isolamento das pessoas portadoras de doenças contagiosas, que assim permaneciam separadas do restante da sociedade e entregues à própria sorte, pois os medicamentos eram às vezes ineficazes. Até esse período, o hospital não passava de uma espécie de depósito em que se amontoavam pessoas doentes, destituídas de recursos. Sua finalidade era mais social do que terapêutica.
A história do hospital começa a ser contada de outra forma a partir de 360 d.C, quando surge a primeira entidade assistencial - Hospital. Sob a máxima de "Amar o próximo como a si mesmo" advinda do Cristianismo, o homem passa a se preocupar com o seu semelhante. Até então, predominava o espírito