Fórmula Padrão Álcool 46
A ÁGUA COMO REAGENTE
A água é o suprimento do Laboratório Clínico de menor custo. Talvez, por este motivo, sua qualidade seja tão negligenciada, apesar de ser um reagente importante e o mais utilizado.
A classificação da água “PURA” pode ter diferentes significados, dependendo da situação.
Água PURA para uso doméstico significa que ela é livre de microrganismos patogênicos e agentes tóxicos, sendo própria para o consumo humano.
Água PURA para uso farmacêutico significa principalmente que ela é livre de pirogênios e microrganismos. No Laboratório Clínico, a água é utilizada como reagente químico e por isto a denominação água
PURA significa que ela deve conter uma quantidade mínima de contaminantes (íons, matéria orgânica e microrganismos), capaz de atender a diferentes aplicações.
Traços de íons ou metais aceleram ou inibem várias reações, principalmente as mediadas por enzimas e prejudicam o desempenho de vários reagentes, controles e calibradores.
O efeito das impurezas da água nos diversos testes de laboratório tem sido estudado sistematicamente e existem evidências de numerosas causas de erro. O cloro utilizado na água servida à população, na concentração em torno de 1,0 mg/L, pode introduzir erros de até 25% na determinação de cloretos e interfere com vários procedimentos em bacteriologia e enzimologia.
Traços de metais aceleram ou inibem várias reações e podem introduzir erros significativos nas medições de atividades enzimáticas ou em procedimentos que utilizam enzimas como reagentes. A dimensão do erro gerado pela impureza da água depende em muito da concentração do analito. Um miligrama de sódio por litro de água pode introduzir um aumento de 4,3 mEq/L na determinação de sódio se a diluição utilizada for de 1:100, representando um erro de 3,1%, em uma concentração de sódio de 140 mEq/L. Por outro lado, 1,0 mg de potássio por litro de água introduz um aumento de 2,5 mEq/L. Em uma amostra com potássio de 4,0 mEq/L, o erro é de