Física de pescadores

A FÍSICA DE PESCADORES. O ensino de Física sofre com problemas que afetam a aprendizagem. Em comunidades interioranas esse problema é maior, a falta de estrutura nas escolas provoca péssimos resultados, a taxa de reprovação e abandono escolar é alta. O ensino de Física é considerado complicado, é negligenciado e classificado como inútil por alguns. Tal analogia acontece em qualquer faixa etária, incluindo, a de nosso estudo, onde tratamos com pescadores experientes.
Na opinião de Ferreira Martins (2002), o educador precisa conhecer qual o sentido que determinados conteúdos têm para o aluno, explorar os conhecimentos que ele traz para a sala de aula e, valendo-se deles, contribuir com o processo de construção de conhecimentos científicos. Procuramos identificar a melhor maneira de se aplicar conhecimentos físicos a comunidade, procurando entender os conhecimentos repassados a gerações. Identificando assim uma dificuldade em aprender não por falta de conhecimentos, mas por falta de uma ligação com o seu dia a dia, sem estabelecerem tal analogia à comunidade consideram os conhecimentos irrelevantes.
Observamos na convivência com a comunidade, mecanismos utilizado pela população para facilitar as tarefas, procurando entender fisicamente como funcionam e como entendem seu funcionamento. Constatamos que muitas atividades cotidianas possuem conceitos físicos que eles desconhecem, mas, sabem que funcionam nas tarefas diárias.
Com o auxilio de teorias como as LEIS DE NEWTON conseguimos explicar experiências que ocorrem na comunidade, por exemplo, na pesca artesanal. Há vários exemplos presenciados e desenvolvidos pelos habitantes que facilitam seu cotidiano e observando esses exemplos é que concluirmos que há conhecimento em Física só não há teoria.
O objetivo principal é estruturar uma maneira mais simples e eficaz de ensinar os princípios da Física e capacita-los a entender e solucionar problemas encontrados no dia a dia dos pescadores.