Físca
Impactos ambientais da nanotecnologia
E há motivos para preocupações. Um estudo que acaba de ser apresentado na reunião anual da Sociedade Americana de Química mostra que os sub-produtos resultantes da fabricação dos nanotubos de carbono contêm compostos causadores de câncer, partículas poluidoras do ar e várias outras substâncias que exigem cuidados especiais.
Até agora, todas as análises que tentavam prever os impactos ambientais da nascente indústria de nanotubos de carbono se basearam no estudo da toxicidade dos componentes utilizados na sua fabricação. Esta é a primeira pesquisa que analisa diretamente os poluentes reais gerados e descartados após essa fabricação.
Poluentes e substâncias tóxicas
"Sem este trabalho, os impactos sobre o meio-ambiente e a saúde impostos pela indústria de nanotubos de carbono poderia ser grave e difícil de reparar," diz Desirée L. Plata, uma das participantes do estudo.
Os poluentes verificados incluem refrigerantes à base de freon, o éter metil t- butil - MTBE (um aditivo da gasolina), substâncias antichama como os eteres difenil-polibrominados (PBDE) e o surfactante sulfanato de perfluoroctano (PFO). Foram encontrados nada menos do que 15 hidrocarbonos aromáticos, dos quais quatro diferentes tipos de hidrocarbono aromáticos policíclicos, sendo o mais perigoso deles o benzo[a]pireno, um conhecido cancerígeno.
Ações corretivas
Estudos feitos por outros cientistas demonstraram que os nanotubos de carbono podem danificar os pulmões de ratos, mas os riscos exatos para a saúde humana ainda não são conhecidos. Menos ainda se sabe sobre os efeitos potenciais dos sub-produtos e rejeitos derivados de seu processo de fabricação.
A principal recomendação do estudo é o desenvolvimento de filtros