Fédon de Platão 'A imortalidade da alma'
A obra Fédon foi escrita no contexto da fase central do pensamento de Platão, em um período de amadurecimento e de passagem da fase juvenil a uma fase de maturidade e maior originalidade de seu pensamento. Muito influenciada pelas suas teorias principalmente “a teoria das ideias ”e da “reminiscência” pode-se concluir que em sua obra é viva toda a teoria Platônica. Platão retoma a doutrina do “Orfismo” do dualismo “Corpo e Alma” em Fédon ele ampliar essas ideias dando uma nova conotação.
A obra tenta estabelecer que alma humana sustentada por Platão é capaz de conhecer as realidades imutáveis e eternas. Ora, para poder conhecer tais realidades ela deve possuir uma natureza afim com elas. Caso contrário; essas realidades ultrapassariam as capacidades da alma. Conseguintemente, se conclui como são imutáveis ”. eternas a alma também tem de ser eterna imutáveis O caráter mítico e religioso em Fédon é vincula-se às doutrinas órfico-pitagóricas, segundo as quais, como sabemos, “a alma é imortal e renasce muitas vezes”. Consequentemente alma viu a conhecer a realidade, a realidade do outro mundo e a realidade deste mundo. Nesse contexto Fédon entra em questão com: “a imortalidade da alma”.
A presente síntese propõe fazer uma pequena Hermenêutica do Fédon de Platão centrada na temática da relação corpo e alma. Alma que perpassam todo o argumento Platônico. Platão valoriza a alma os argumentos por considera-la a fonte da sabedoria e das virtudes e de mesmo o próprio eu do homem. A valorização da Alma é o ápice primordial da obra Fédon.
2 A Narrativa
A obra apresenta um diálogo em que participam Sócrates e seus discípulos, no dia em que o mestre teve que beber cicuta. O livro é uma descrição feita por um dos seus discípulos, chamado “Fédon”, pertencente a nobre família de Elis, a Equécrates de Flionte e seus companheiros, ansiosos por conhecerem em todos os seus pormenores o último dia de vida do sábio. A narrativa passa-se na prisão, onde, por ordem dos