Fármacos Nefrotóxicos
Os aminoglicosídeos (neomicina, gentamicina, tobramicina, amicacina, netilmicina) por serem reabsorvidos nos rins podem acumular-se e causar toxicidade no túbulo renal. Esta toxicidade está claramente relacionada com a frequência da dose.
A incidência de nefrotoxicidade por algumas beta-lactamases, quinolonas como ciprofloxacino e macrolídeos pode rovocar nefrite intersticial aguda é baixa, mas pode ocorrer. Com uma frequência menor ainda as cefalosporinas de primeira geração também podem caursar nefrotoxicidade, geralmente apresentam um quadro de necrose tubular aguda.
A anfotericina B ocasiona nefrotoxicidade, dependendo da dose. Ela provoca diminuição do fluxo plasmático renal e a consequente diminuição da filtração glomerular.
A nefrotoxicidade causada por AINE geralmente é pouco frequente, mas causam impacto sobre a população. Podem causar nefrotoxicidade por vários mecanismos. Pode resultar em necrose tubular aguda isquêmica hemodinâmica, mas também pode ocorrer com menos frequência nefrite intersticial e síndrome nefrótica e glomerular. O uso prolongado pode levar à necrose renal falha papilar crônica. O paracetamol é uma alternativa mais segura em doentes com insuficiência renal, uma vez que é raramente nefrotóxica, exceto quando combinada com álcool.
Os anti-hipertensivos inibidores da ECA e os bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II, podem causar IRA em casos especiais, como em pessoas com estreitamento das artérias que irrigam os rins, idosos, pessoas com insuficiência cardíaca congestiva grave, desidratação, entre outras. Nestes casos a ação benéfica destes medicamentos pode descompensar o mecanismo de auto regulação intra-renal necessário nestas situações especiais. Normalmente a suspensão da droga reverte o quadro