Fármacologia
O fumo tornou-se um grande problema de saúde pública na história da humanidade. O tabaco é a segunda droga mais consumida entre os jovens, no mundo e no Brasil, e isso se deve as facilidades e estímulos para obtenção do produto, entre eles o baixo custo. No Brasil, estima-se que cerca de 200.000 mortes/ano são decorrentes do tabagismo. O tabaco, em todas as suas formas, aumenta o risco de mortes prematuras e limitações físicas por doença coronariana, hipertensão arterial, acidente vascular encefálico, bronquite, enfisema e diversos tipos de câncer. Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição tabagística ambiental, tais como, irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina. O fumo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo e a fumaça do cigarro, o principal agente poluidor de ambientes fechados. Dados recentes indicam que os custos atribuíveis ao tabagismo são responsáveis por perdas de US$ 500 bilhões ao ano devido à redução da produtividade, adoecimento e mortes prematuras. Dentre os tipos de câncer cuja associação é bem estabelecida com o tabagismo, destacam-se os cânceres de pulmão, laringe e esôfago. No Brasil as neoplasias de pulmão e de esôfago estão entre as mais incidentes e as que apresentam significativa letalidade. A assistência médica a essas três neoplasias é intensiva em tecnologias e exige abordagem multidisciplinar no diagnóstico, tratamento e reabilitação. Em um cenário de recursos finitos na área da saúde, o tabagismo gera importante custo de oportunidade para os hospitais públicos brasileiros em relação à oferta de recursos na assistência oncológica, como consultas, hospitalizações, exames, procedimentos de alta complexidade mortes de cidadãos em idade produtiva, maior índice de aposentadorias precoces, aumento no índice de