Fábrica Satânica x Fábrica Higiênica

Introdução O presente trabalho aborda um dos capítulos do livro “Do cabaré ao Lar” de Margareth Rago e outro capitulo do livro “A Formação da Classe Trabalhadora” de Maria Conceição Pinto de Góes, mais especificamente sobre Fábrica Satânica/ Fábrica Higiênica e As Propostas Anarquistas. O objetivo deste trabalho é comparar os referidos textos mostrando o que cada um apresentou. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica.

Fábrica Satânica A Fábrica para o empregador é espaço neutro de produção e riqueza, já para o empregado é espaço de dominação e humilhação. Ela tem uma imagem de prisão. Os empregados trabalham em espaços apertados, falta iluminação natural, sendo que a artificial é irregular e defeituosa, não se dispõe de ar suficiente para o número de trabalhadores no local onde se amontoam contraindo assim doenças, não existem reservatórios de água de acordo com as prescrições higiênicas, nem tampouco aparelhos de desinfecção surgindo ai as vertigens, as dores torácicas, a cefalalgia, e outros males que atacam as pessoas que vivem em atmosfera viciada. Tem como modo de disciplina o controle do tempo, onde o operário tem horário para entrada, refeição, saída, sendo penalizado diante de desobediência. Controle do espaço, visto que é proibido circular nas dependências da fábrica, o operário deve afixar-se em seu maquinário e focar na produção. Controle dos contatos, onde não é permitido comunicar-se com colegas de produção, eliminando assim a perda do foco na produção. As normas internas visam limitar toda e qualquer expressão autônoma dos empregados, instauram uma vigilância ininterrupta através do jogo de olhares entre este e os empregadores. Entretanto existem também sistemas de premiação, quando o operário for produtivo suficiente diante dos olhos de seu empregador, receberá premiações, imagem esta a ser seguida pelos demais. Fábrica Higiênica Tem como objetivo tornar o ambiente de trabalho um lugar agradável, tranquilo, limpo e