Futuro da Propaganda
Diante do quadro de apreensão mundial que estamos vivendo, o tema deste artigo tende a ficar muito mais concentrado no futuro do que na propaganda. Mas, independente de terroristas, guerras, desabamentos e recessões, essa prioridade sempre faria todo sentido. Afinal de contas, nosso trabalho é posicionar marcas hoje para tirar o melhor proveito de uma situação que vai acontecer daqui a pouco, sem perder de vista o que vai acontecer daqui a muito. Parece complicado, mas é muito mais complicado do que parece. Especialmente quando crises energéticas surgem de repente, fanáticos sanguinários resolvem abrir fogo contra o mundo ocidental, um presidente aloprado redescobre suas raízes faroesteanas e, sem mais nem menos, toca o maior horror em tudo o que havíamos planejado.
Dá o que pensar, né?
Pois é exatamente disso que os publicitários vivem: pensar.
Quem poderia imaginar que em pleno século XXI, logo depois da explosão da Internet e de tantas conquistas tecnológicas, estaríamos às voltas com uma guerra dita "religiosa", que mais parece um duelo entre um cowboy e um personagem misterioso que literalmente cavalga pelos desertos? Resposta: qualquer um que estivesse atento aos valores estruturais dessa complexa entidade a que costumamos chamar de "ser humano".
Sério. Por mais evolução que o mundo experimente, as pessoas continuam a ser basicamente as mesmas. E é aí que a profissão de publicitário revela – pasmemos todos – sua grande (tá bom! exagerei), sua média profundidade.
A ciência evolui espantosamente, novos aparelhos a todo instante se integram ao nosso dia-a-dia, tudo se acelera a níveis quase insuportáveis, mas nada altera os alicerces que garantem nossa sobrevivência ao longo da história. Criança sempre emociona, pais e filhos sempre emocionam, música, romance, sorrisos, abraços, velhinhos... gente sempre emociona. Em outras palavras, rir e chorar sempre contagiam, sejamos cavaleiros