futebol
“O jogo de futebol caracteriza-se pela relação dialéctica e contraditória do ataque versus defesa, consubstanciando modos de interacção no seio de redes de comunicação (cooperação) e de contra – comunicação (oposição), que se traduzem na aplicação de acções técnico-tácticas individuais e colectivas. Organizadas e ordenadas num sistema de relações e inter-relações coerentes e consequentes, de ataque e defesa, tendo em vista o desequilibro do sistema opositor, na procura de uma meta comum.
Esta aparente simplicidade da lógica interna do jogo contém em si, um quadro vastíssimo de variáveis físicas, técnico – tácticas, psicológicas e sociológicas, que se expressam num grande espaço de jogo, interpenetrando-se e condicionando-se mutuamente…” (Castelo, 1994).
O jogo de futebol é um desporto colectivo, “tendo um carácter lúdico agonístico e processual no qual os intervenientes (jogadores) estão agrupados em duas equipas numa relação de adversidade – rivalidade desportiva, numa “luta” incessante pela conquista da posse de bola (respeitando as leis do jogo), com o objectivo de a introduzir o maior número de vezes na baliza adversária e evitá-los na sua própria baliza, com vista à obtenção da vitória. Com efeito, o futebol possui uma dinâmica própria, um conteúdo que podemos definir como essência do jogo. Esta essência moldada pelas leis do jogo, dá origem a uma série de atitudes e comportamentos técnico-tácticos mais ou menos estereotipados. Concretamente, é o jogo que determina o perfil de exigências impostas aos jogadores, originando assim um quadro experimental específico. Isto é válido, tanto para as acções motoras em si, e o seu consequente desempenho, como para as solicitações de ordem psíquica e a sua exteriorização em termos de resposta (especificidade das respostas motoras em função de estímulos específicos).
Em relação aos programas de Educação Física, o futebol surge como uma actividade física, inserida nos jogos desportivos colectivos,