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A história brasileira do preconceito e da discriminação que incidiram sobre os negros principiou no Brasil Colônia, quando, através da exploração de mão-de-obra escrava, os africanos geravam lucros para seus senhores (as famílias brancas dominantes).
No Brasil, anos mais tarde, surgiu a campanha abolicionista em prol da libertação dos escravos, intensificada a partir do final da guerra do Paraguai, para a qual os negros foram convocados e colocados nas frentes de batalha. A guerra era outra, para os negros: ao invés do combate, procuravam a fuga para a liberdade.
Em 1888 o Brasil aboliu a escravidão, tendo como fator determinante a pressão externa exercida pela Inglaterra, pois o Brasil era o único país americano que mantinha o regime da escravatura.
Em tese, a abolição preconizava uma igualdade jurídica entre os povos, mas na prática o preconceito racial continuou a existir, junto a uma nítida desigualdade econômica e social que diferenciava brancos e negros.
Com o trabalho escravo os negros recebiam o mínimo para sua sobrevivência: a terra fixa para morar. Com o fim da escravatura eles se tornaram cidadãos, "homens livres", e portanto ficaram sem terras, abrigo e trabalho, ou seja, sem nenhuma perspectiva de melhoria na condição de vida.
Nos documentos da libertação não foi considerada a necessidade de proporcionar-lhes meios de sobrevivência, como posse de terra para sua fixação e moradia, e em conseqüência disso os negros se tornaram sujeitos à marginalidade social.
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