Futebol arte ou força

Futebol arte ou futebol força? O estilo brasileiro em jogo O Brasil sempre foi tido pelo mundo como país do futebol, devido as suas belas apresentações nas copas do mundo e por fantásticas atuações individuais de nossos jogadores. De uns tempos para cá, a situação mudou. O Brasil mudou. O futebol mudou. Para entender o motivo de o Brasil não jogar mais como antigamente, é necessário entender a evolução do futebol, que privilegia tanto o aspecto físico quanto o aspecto técnico. A fusão dos dois é essencial. Fazendo uma rápida volta no tempo nas copas, o Brasil jogou o fino nas copas de 1958 e 1962. O futebol-arte encantou ao mundo inteiro, com exibições individuais que marcaram a história. Garrincha, Pelé, Vavá e Zagallo começaram a escrever a identidade do jogo bonito, ousado, que era admirado por todos no mundo da bola. O Brasil tornava-se referência mundial no desporto. As atuações vitoriosas de Santos e Botafogo para cima dos europeus só reafirmava que o melhor futebol era praticado pelos brasileiros.
A derrocada começou em 1966. A seleção não passou da fase de grupos e viu seleções mais bem preparadas fisicamente passando de fase. Assim a Inglaterra ganhou aquela copa. Jogadores altos, disciplinados e fortes. Tivemos que nos reformular e nos reinventamos em 1970, aliando técnica a parte física. Mas a morte do futebol-arte brasileiro começou na copa de 1982 e foi velada em 1986. Em 1982, o Brasil jogou um futebol vistoso, considerado até hoje o melhor de todas as copas. O título não veio, mas ficou registrado na história. O futebol-arte perdeu para o futebol-força. A Itália, que derrotara o Brasil, vinha com essa proposta. Procurou anular as principais jogadas da seleção se fechando na marcação e contra golpeando. Esse método deu certo, propondo uma reflexão: vale a pena jogar feio e ganhar?
Em 1986 o Brasil procurou jogar um futebol técnico e ao mesmo tempo eficiente. Não deu certo, e acabamos por sair da copa sendo derrotados pela França. Isso