Fusões e aquisições
BRASÍLIA – 08/06/2011- O conselheiro relator do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no caso Sadia-Perdigão, Carlos Ragazzo, votou pela reprovação da fusão entre as duas companhias. "O cenário que foi mostrado pela BRF (Brasil Foods) é extremamente danoso ao consumidor e torna a aprovação impossível. As duas empresas respondem por mais de 50% do mercado de processados. Chegando a 90% em outros. Concorrentes não chegam a fatia de 10% desse mercado", disse o relator. Ragazzo também disse que a fusão pode gerar preços elevados, pode contribuir para o aumento da inflação e comprometer a renda do cidadão. "Não se pode dizer que os itens comercializados são artigos de luxo. É provimento e comida. São usados pela classe C e D, que estão sendo prejudicadas pela falta de concorrência desse mercado", disse, ressaltando que o aumento das exportações pode ser feito por cada empresa individualmente. Para ele, a proposta de remédio feito pelas empresas é minimamente "inapropriada" ou "inadequada". Além de ser inadequado em termos de conceito, também apresentou uma escala "modestíssima", na visão de Ruiz. "Seria uma formação, uma coordenação de cartel", salientou. A aprovação da união entre Sadia e Perdigão, que cria a BRF - Brasil Foods, resultará em um aumento de preços de 40% em itens como salsicha e presunto.Isso acontece, segundo ele, porque um aumento de preços da marca Rezende e Batavo, ambas consideradas de "combate", gera desvio de demanda para a Sadia. No caso de elevação de preços de concorrentes, o consumidor migra para Sadia e Perdigão.O relator salientou ainda que as empresas são líderes em