FUSÕES E AQUISIÇÕES DE EMPRESAS
Os processos de fusões e aquisições (F&A’s) são inerentes à concorrência capitalista e guardam estreita relação com as condições do mercado de capitais, mas principalmente com as grandes corporações. Nesse sentido, sua origem teórica se fundamenta nas diversas teorias que explicam a origem e o crescimento da firma. Trata-se de uma das atividades empresariais mais impactantes (para funcionários, empresa, socidade etc.), cujas consequências e desdobramentos empíricos ainda não estão totalmente explicados por teorias e regras no meio acadêmico. Ou seja, existe um vasto corpo de relatos e estudos empíricos que ainda carecem de um arcabouço teórico sistematizado.
Os processos de F&A’s integram a estratégia empresarial, e por meio deles as empresas conseguem expansão rápida, a conquista de novos mercados, maior racionalização produtiva, economias de escala, ativos complementares, entre outras coisas. Apesar disso, não devem ser encarados como uma solução simples para problemas internos ou ameaças mercadológicas, devido ao elevado grau de complexidade, risco e incerteza que permeiam essas operações, além da ausência de um consenso sobre ganhos (sinergias) e criação de valor.
Uma das obras mais citadas quando se trata de ganhos gerados por F&A’s é a de Jensen e Ruback (1983), que constataram que as F&A’s criam valor (econômico) para os acionistas a partir da oportunidade de utilizarem recursos específicos, que só poderiam ser obtidos por meio de F&A’s. Para Barney (1988) e Chatterjee (1986 e 1992), as F&A’s criam valor para o acionista somente quando as empresas conseguem duplicar as sinergias e o fluxo de caixa resultante da expectativa da união das empresas. Na perspectiva de McGee (1989), as F&A’s geralmente são benéficas para os acionistas de empresas adquiridas por rearranjarem os ativos corporativos de maneira mais eficiente, o que resulta no aumento do valor das ações para os acionistas e no aumento dos lucros para a