Fusas casas bahia e pao de acucar
A compra da Casas Bahia pelo Pão de Açúcar pode ser interpretada de várias formas, desde uma saída estratégica para a família Klein, que vinha com dificuldades para manter o crescimento da rede até a vitória da persistência de Abílio Diniz que tem demonstrado uma determinação impressionante tanto na condução do grupo Pão de Açúcar como na aquisição de novos negócios.
Em minha opinião os dois grupos saem fortalecidos do negócio, mas o grande sucesso é do modelo de gestão implantado por Abílio Diniz, que conseguiu superar todos os obstáculos, desde 1990 quando o Grupo beirou a falência, passou pela saída da família do negócio em 1994 e a longa reestruturação implantada a duras penas. Em seu livro, Caminhos e Escolhas, Abílio conta parte dessa saga, dentre outras histórias.
Em 1999 ele deu a tacada estratégica, vendendo parte do grupo Pão de Açúcar para a rede de supermercados francesa, o Grupo Cassino, antecipando o movimento que viria a ser seguido por grandes empresas brasileiras, de se associar a grupos internacionais e implantar uma gestão profissionalizada aproveitando a experiência do novo sócio.
Na negociação de compra da Casas Bahia Abílio aceitou compartilhar o poder com a família Klein na nova empresa que será criada, mais uma demonstração de sabedoria, pois, trocou poder absoluto por maiores perspectivas de crescimento e ganhos reais na soma de forças. Estima-se que seja possível obter ganhos de escala que atinjam até quatro bilhões de reais por ano, considerando as operações do Ponto Frio, recém adquirido também. Um valor nada desprezível.
Os novos números do Grupo Pão de Açúcar são impressionantes:
- 8º grupo privado brasileiro, atrás apenas de empresas como Vale, JBS, Gerdau,Votorantim, Oi, Odebrech e Ambev.
- Receita anual Bruta: 40 bilhões de reais
- Líder absoluto no varejo, o segundo lugar é ocupado pelo Carrefour com faturamento bruto anual de R$ 22,5 bilhões.
- 137.000 empregados, o maior