Funções de linguagem
Quando o objetivo do emissor é informar, ocorre a função referencial, também chamada de denotativa ou de informativa. Podemos dizer que é a comunicação pura e simples, ou seja, aponta para o sentido real das coisas e dos seres. A maior preocupação, neste caso, é a mensagem; e o emissor apenas se limita a informar. São exemplos de função denotativa a linguagem jornalística e a científica.
Ex.1: Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, duas laranjas, dois limões, uma maçã verde, uma maçã vermelha e uma pêra.
Ex.2: O Espírito Santo é um estado do Brasil.
Os textos acima têm por objetivo informar algo, portanto sua função é referencial.
Função emotiva ou expressiva
Quando há ênfase no emissor (1ª pessoa) e na expressão direta de suas emoções e atitudes, temos a função emotiva, também chamada expressiva ou de exteriorização psíquica. Ela é lingüisticamente representada por interjeições, adjetivos, signos de pontuação (tais como exclamações, reticências) e agressão verbal (insultos, termos de baixo calão), que representam a marca subjetiva de quem fala. Exemplo:
“Oh? como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias?”
(Vinícius de Moraes)
Observe que em “Luís, você é mesmo um burro!”, a frase perde seu caráter informativo (já que Luís não é uma pessoa transformada em animal) e enfatiza o emotivo, pois revela o estado emocional do emissor.
As canções populares amorosas, as novelas e qualquer expressão artística que deixe transparecer o estado emocional do emissor também pertencem à função emotiva. Exemplos:
“E aí me dá uma inveja dessa gente...”
(Chico Buarque)
“Não adianta nem tentar
Me esquecer
Durante muito tempo em sua vida
Eu vou viver”
(Roberto Carlos & Erasmo Carlos)
“Sinto que viver é inevitável. Posso na primavera ficar horas sentada fl1mando, apenas sendo. Ser às vezes sangra. Mas não há como não sangrar pois é no sangue que sinto a primavera.