Funções da arte
As obras de arte, desde a antiguidade até hoje, nem sempre tiveram a mesma função. Ora serviram para contar uma história, ora para rememorar um acontecimento importante ou para despertar o sentimento religioso ou cívico. Foi só no século XX que a obra de arte passou a ser considerado um objeto desvinculado desses interesses não artísticos, um objeto propiciador de uma experiência estética por seus valores intrínsecos. Dependendo do propósito e do tipo de interesse com que alguém se aproxima de uma obra de arte, podemos distinguir três funções principais para a arte: pragmática ou utilitária, naturalista ou formalista.
Função pragmática ou utilitária A arte é útil ou serve para se alcançar um fim não artístico, isto é, ela não é valorizada por sim mesma, mais só como meio de alcançar outra finalidade. Os fins não artísticos variam muito. Na idade média na medida em que a maior parte da população dos feudos era analfabeta, a arte serviu para ensinar os principais preceitos do catolicismo e para relatar as histórias bíblicas. No início do século XX, o realismo socialista teve por finalidade retratar a melhoria das condições de vida do trabalhador e as principais personagens da revolução socialista como um meio para despertar o sentimento cívico e manter a lealdade da população. A própria arte engajada, que floresceu no Brasil, na final de 1950 e início da década 1960, pretendia conscientizar a população sobre a situação socioeconômica. Portanto, as finalidades a serviço das quais a arte pode estar podem ser pedagógicas, religiosas, políticas ou sociais.
Os critérios são: Critério moral: valor da finalidade a que serve; Critério de eficácia: da obra em relação à finalidade.
Função naturalista Refere-se ao interesse pelo conteúdo da obra, ou seja, pelo que a obra retrata, em detrimento de sua forma ou aparência. A obra tem função referencial de nos enviar para fora do mundo artístico, para o mundo dos