Função dos sonhos na saúde mental.
Embora não haja um consenso acerca de questões sobre o que são os sonhos, porque sonhamos, etc., a maioria dos estudos sobre a natureza dos sonhos concorda que ela está relacionada a condições internas do organismo. Contrariamente, o behaviorismo radical analisa os sonhos como comportamentos privados, sendo produtos das histórias filogenética, ontogenética e cultural.
Neste sentido, este trabalho tem como objetivo analisar os sonhos a partir da perspectiva behaviorista radical, considerando-os como comportamentos perceptuais encobertos, argumentando-se que são aprendidos. Afirma-se que a interpretação dos sonhos é impossível se não se conhecem as contingências de reforço com as quais a pessoa está interagindo.
Palavras-chave: Sonho; behaviorismo radical; comportamento perceptual; condicionamento
Os sonhos têm sido objeto de inúmeras reflexões e interesse geral, desde filósofos a leigos, tanto quanto à sua natureza como também quanto aos seus significados.
Embora não haja um consenso acerca de questões como o que são os sonhos, porque sonhamos, qual a utilidade dos sonhos, entre outras, a maioria dos estudos sobre a natureza dos sonhos ou seus mecanismos subjacentes concorda que eles estão relacionados com condições internas do organismo, sendo vistos como uma atividade psíquica ou mental, ou ainda, neurofisiológica. A começar pelos egípcios, os sonhos eram considerados como parte de um mundo sobrenatural, sendo interpretados como mensagens divinas, tendo este povo, inclusive escrito um livro sobre os símbolos dos sonhos (Schulze, 1997).
Na Grécia, o interesse pelos sonhos só se iniciou no século VIII a.C. e, assim como para os egípcios, eram interpretados como sinais divinos, sendo utilizados na prática da medicina.
Os sonhos tem uma função?
Alguns estudos mostraram que o sono e os sonhos estão ligados à aprendizagem e ao reparo do corpo e da mente. Se nós não tivermos a quantidade precisa de sono REM, o corpo vai recuperar a