Fundos de investimentos
Resenha:
CONSIDERAÇÕES ACERCA DO CAPITAL ASSET PRICING MODEL (CAPM) E SUA UTILIZAÇÃO NOS DIAS ATUAIS
No inicio da década de 50, era difícil encontrar na literatura de finanças estudos que mostrassem o modelo de desenvolvimento do risco das carteiras de investimentos. A partir da publicação do artigo “Portfolio Selection”, de autoria de Harry Markowitz, no então Journal of Finance publicado em março de 1952, tornava-se evidente uma corrente de pensamento que tinha como proposta a análise do risco a partir do retorno esperado e sua variância.
Como toda idéia inicial, ela tinha obstáculos que estavam na dificuldade de se efetuar o cálculo das covariâncias entre ativos individuais. Trabalhando em conjunto com Willian Sharpe, Markowitz criou uma solução para este problema que consistia em estimar a variação de cada ativo em relação ao mercado como um todo. Mais tarde, Sharpe deu origem ao CAPM (Capital Asset Pricing Model), um modelo de precificação de ativos que estabelece uma relação entre o retorno esperado do ativo e a parcela de seu risco não diversificável.
Esse trabalho desenvolvido por Markowitz foi à base para o modelo de precificação cujo tratamento estatístico era dado pela inversão de uma matriz de covariância.
Sharpe, Lintner (1965) e Mossin (1966), perceberam as dificuldades de se estabelecer as covariâncias entre os retornos dos ativos que iriam compor as várias carteiras. A partir de tal raciocínio, iniciou-se a substituição das covariâncias pelo coeficiente de correlação linear (betas), o que originou o atual modelo CAPM, introduzindo a noção de risco sistemático (não-diversificável).
O risco sistemático, também conhecido como não-diversificável, é aquele que atinge todas as empresas e não pode ser eliminado por meio da diversificação. São decorrentes de fatores de mercado, tais como, guerras, inflação, questões internacionais, decisões políticas, etc. O CAPM utiliza betas