Fundações Profundas

Universidade Federal de Juiz de Fora
Faculdade de Engenharia
Estruturas V – Fundações e Contenções

A solidez de uma edificação depende, primeiramente, de um dimensionamento de fundação bem feito. Para isso, a engenharia já evoluiu a ponto de garantir que até as estruturas mais pesadas possam se manter estáveis e sem recalques consideráveis, mesmo que estejam em solo ruins.
A variedade de sistemas, equipamentos e processos executivos é muito grande, restando o desafio de identificar a maneira mais adequada de acordo com as peculiaridades de cada obra e terreno.
São muitas as possibilidades quando se fala em fundações profundas, daquelas cujo comprimento da estaca predomina sobre sua seção transversal, ou a camada de suporte está a uma profundidade maior que 2m.
As estacas usadas para esse tipo de fundação podem ser moldadas in loco, que são executadas enchendo-se de concreto ou argamassa perfurações previamente executadas no terreno, através de escavações ou de deslocamento do solo pela cravação de soquete ou de tubo de ponta fechada.
No presente trabalho vamos estudar como são realizadas as fundações de concreto moldado sem uso de revestimentos, no caso a tipo Broca e com auxílio de revestimento, como o tipo Strauss.

É o tipo de fundação profunda executada por perfuração com trado manual e posterior concretagem, sempre acima do lençol freático, ou seja, é uma estaca escavada mecanicamente
(sem emprego de revestimento ou de fluido estabilizante).
Recomenda-se para as estacas tipo broca um diâmetro mínimo de 20 cm e máximo de 50 cm.
Estas estacas são indicadas para pequenas cargas (da ordem de 50 a 100 kN).

A técnica de perfuração começou a ser utilizada para extração de água, sal e gás foi utilizada na
China, no período de 1122 a 520 a.C. O sistema se baseava no princípio de alavanca com troncos de madeira amarrados a uma corda onde se aplicava força propulsora humana. O sistema evoluiu no ocidente para o chamado Spring