Fundamentos sócio filosóficos da educação
A Revolução industrial com toda a sua indumentária iniciou-se na Europa em meados do século XVIII e foi aos poucos substituindo as oficinas de artesãos pelas fábricas que utilizavam novas máquinas para a produção em série.
As velhas cidades agrárias foram se tornando gradativamente regiões populosas e industrializadas, o que mudou significativamente a vida de milhões de pessoas que habitavam nesses lugares.
A disciplina nas fábricas era extremamente rígida e até mesmo cruel, por dentro o espaço das fábricas constituía um ambiente insalubre, sem luz e ventilação insuficiente, muito semelhante a uma prisão.
A massa trabalhadora era formada por homens, mulheres e crianças recrutadas entre os camponeses expulsos das aldeias, soldados desempregados, artesãos empobrecidos e indigentes.
Os operários trabalhavam nas fiações e tecelagens, nas oficinas e nas minas.
O que acontecia era que essas crianças ficavam confinadas nas fábricas, isoladas da sociedade e sob o total domínio dos patrões.
Os operários adultos, também levavam uma vida duríssima trabalhando até quinze horas por dia, sem férias e nem feriados.
Recebiam salários muito baixos e tinham que viver amontoados em cortiços, sem água nem esgoto.
Quando as indústrias começaram a se proliferar exigiu-se outro tipo de homem e de trabalhador.
Já não bastava que fosse apenas piedoso e conformado, embora isso ainda fosse apropriado.
“A partir de agora, [o homem] devia aceitar trabalhar para outro e fazê-lo nas condições que o outro lhe impusesse”.
Criam-se então instrumentos e estratégias para moldar os homens a esse novo sistema, dentre as várias táticas utilizadas, destacou-se a “disciplina” por se apresentar como a mais eficaz e duradoura, ressoando até os dias atuais.
A disciplina passa, então, a ser utilizada largamente em várias instituições
(hospitais, hospícios, orfanatos, asilos, prisões, fábricas, conventos, exército,