Fundamentos Sociológicos
Discente: Marcela Marcondes Leite
Docente: Tiago V. da Silva
Psicologia 1º ano
Turma A
Émile Durkheim tinha como objetivo de estudo principal o “fato social”, que consiste no geral em maneiras de um coletivo pensar, falar, se comportar e se vestir exteriores a tal indivíduo incluso no coletivo de forma coercitiva, ou seja, pelo efeito da repressão. Sendo assim, contextualizando os estudos de Durkheim para o debate atual sobre a descriminalização e legalização da maconha, é possível adentrar e relacionar o assunto ao “fato social patológico”.
O Fato Social Patológico é aquele que não está dentro dos padrões do coletivo e é rejeitado pela moral da sociedade, sendo uma anormalidade, logo pode ser associado ao “tabu” que é gerado em torno do tema em debate.
Por falta de informação das propriedades da planta para o uso medicinal e recreativo, o tabu em torno do assunto é sustentado por preconceitos que muitas vezes são reafirmados pela mídia e pelo senso comum que apenas considera a maconha como droga e sustento do tráfico, excluindo principalmente as possibilidades do uso medicinal da planta.
Como foi relatado no Simpósio da Maconha e Sociedade realizado na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” no dia 24 e 25 de junho de 2015, o óleo da Cannabis foi um dos únicos tratamentos alternativos que tiveram efeito imediato no tratamento da Síndrome de Dravet mas que possui sua distribuição de forma ilegal e de acesso restrito pois sua comercialização ainda é proibida, ocorrendo apenas por ONG’s que o distribui para os que necessitam do tratamento.
Porém, mesmo que a descriminalização da utilização das propriedades da maconha seja positiva para crianças, idosos e jovens no quesito da sua aplicação medicinal, por estar dentro do fato social patológico a sociedade continua a reprimindo e repreendendo, segregando seus usuários e pesquisadores e fazendo com que a visão sobre qualquer estudo sobre seja visto ainda com olhos negativos