Fundamentos históricos e metodológicos do serviço social iii
O que são células embrionárias?
São as células, encontradas em embriões, que conseguem se diferenciar em todos os 216 tecidos (inclusive a placenta e anexos embrionários) que formam o corpo humano. É essa capacidade que permite que um embrião se transforme em um corpo totalmente formado.
O nome entrega a origem: são as células-tronco encontradas no embrião cerca de cinco a sete dias após a fecundação. Nessa fase bem inicial, todas as células são indiferenciadas, ou seja, ainda não foram direcionadas para formar órgãos específicos. São uma espécie de curinga, capazes de virar desde uma célula de dedão até uma de cérebro, de uma célula de fígado a uma de olho. Daí o interesse em esmiuçar o segredo de sua versatilidade, que, aliás, deixa alguns cientistas com o pé atrás. Justamente por não terem orientação específica, o risco é levarem a um câncer ou outra alteração indesejável, alerta Duailibi. Por isso, ainda há um longo caminho até que possam ser utilizadas com segurança.
As pesquisas genéticas e os tratamentos com células-tronco embrionárias recebem fortes críticas de diversos setores da sociedade, em especial dos religiosos. Por considerarem os embriões como sendo uma vida em formação, religiosos conservadores afirmam que manipular ou sacrificar embriões de seres humanos constitui um assassinato. Em países mais conservadores, as pesquisas estão paradas ou limitadas à utilização das células adultas.
A questão que se coloca nos debates é justamente neste sentido: Devemos evoluir a medicina e buscar a cura de doenças a qualquer preço? Isto é ciência. Não há amarras, pré-conceitos estabelecidos ou dogmas. Ciência é a refutação de hipóteses.
A fecundação faz surgir uma célula chamada zigoto. Ela se divide até formar uma esfera conhecida como mórula, assim chamada porque lembra uma amora. Por volta do sexto dia, transforma-se em uma espécie de casulo, o blastocisto, de onde são retiradas as célebres células embrionárias capazes de virar qualquer