Fundamentos histórico, teórico-metodológico do serviço social
A autora Marina Maciel Abreu, fundamentada pelo pensamento de Gramsci, colabora ricamente com o serviço social trazendo a relevância da discussão sobre a maneira pedagógica do assistente social no “movimento de organização da cultura... de uma classe”. Ela contribui com sua pesquisa, no processo pelo qual esses profissionais, desde o movimento de reconceituação na América Latina, passam a apresentar a criação de uma nova cultura profissional.
Neste capítulo (1), a autora faz uma retomada sobre a institucionalização do serviço social nos Estados Unidos, sua consolidação e expansão, e sobre suas primeiras formas organizacionais introduzidas nos moldes fordistas/tayloristas. A atuação dos Assistentes Sociais se deu na mediação do controle social e das novas exigências no padrão de produção e trabalho diretamente relacionada à classe trabalhadora. Foi nesse contexto de contradição que o profissional do Serviço Social se inseriu, imprimindo suas práticas de cunho “educativo”, “ressocializador” sobre os indivíduos (trabalhadores), adequando-os às novas necessidades da produção e da reprodução social. A inserção do serviço social nas relações sociais é marcada mais uma vez pela dinâmica de novas estratégias de controle social desenvolvidos pelo capital sobre o trabalho. São essas práticas pedagógicas – persuasiva e coercitiva – “necessárias para o enquadramento da reprodução social aos
A participação do Estado e da Igreja Católica - com relação a institucionalização do Serviço Social à vertente européia, e com influencia do taylorismo, que atingiu todo o mundo – nessa funções ressocializadoras (coercitiva e persuasivas) da profissão está intrinsecamente ligada ao aparato hegemônico capitalista da classe burguesa. Convém reafirmar, então, o pressuposto de que o taylorismo e a filosofia neotomista revelam-se, assim, principais matrizes de onde emanam as orientações pedagógicas da prática do Assistente Social em sua inserção no movimento de