Fundamentos historicos e teoricoslll
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Trabalho Infantil, uma realidadeCrianças deixam escola para exercer atividades que complementem renda familiar
Simone Silva
4 período de Jornalismo
Todos os dias, quando passamos pelos centros urbanos, nos deparamos com um triste fato da realidade. Crianças que ao invés de estarem na escola estão trabalhando, muitas vezes para sustentar os próprios pais. São trabalhos enfadonhos e mal remunerados, como vendedores de cocos, picolés, balas e jornais. Também há engraxates e vigias de carros.
Para a psicóloga Janete Tranqüila Gracioli, o que leva as crianças a trabalharem é a realidade econômica do país, que não fornece condições para que as famílias empobrecidas mantenham seus filhos na escola, obrigando-os a contribuírem com o orçamento doméstico como forma de garantia da sobrevivência de toda a família.
"Muitos pais impõem que seus filhos abandonem os estudos para trabalhar e muitas vezes isso é prejudicial. Os pais deveriam buscar outras formas de sobreviver e se conscientizar de que o estudo é o diferencial para um futuro melhor", diz a psicóloga Janete Tranqüila.
Segundo ela, a criança que trabalha tem um desenvolvimento acelerado em termos de maturidade e responsabilidade. Essas vivências pre-coces podem ser prejudiciais, pois antecipam o que cada fase de desen-volvimento prepara para cada um. Para a criança, é importante o brincar, o sociabilizar e o estudar. "Há muitas desvantagens em termos de maturidade e desenvolvimento psíquico", adverte Janete.
Muitas famílias incentivam seus filhos a trabalhar desde cedo. Elas não vêem os esforços das crianças como um trabalho, mas sim como uma ajuda na renda familiar. Para alguns pais, as crianças de baixa renda que trabalham estão salvas de vícios e da marginalidade.
Devido ao cansaço e a falta de tempo para estudar, muitas crianças abandonam a escola inúmeras vezes e amargam sucessivas reprovações. Isso causa uma defasagem da criança em relação à série cursada e até mesmo o abandono dos