Fundamentos Epistemológicos da Terapia Sistêmica
A teoria sistêmica tem suas origens nas Teorias Geral dos Sistemas e Cibernética, as quais tiveram desenvolvimentos paralelos no decorrer do século XX. Entretanto para se introduzir o pensamento sistêmico, não é só estar familiarizado com suas teorias, noções, idéias e conceitos sobre sistemas, mas é importante contextualizar esses saberes e distinguir as relações entre eles.
A Teoria Geral dos Sistemas criada pelo biólogo austríaco Ludwing von Bertalanffy em 1968, se propôs a estudar os princípios gerais do funcionamento de todos os sistemas, o qual reconhece como “ciência dos sistemas”, onde o autor distingue duas recentes vertentes teóricas chamadas “mecanicista e organicista”.
A tendência organicista destacada por Bertalanffy, está associada à sua Teoria Geral dos Sistemas por se unir com os organismos ou sistemas naturais – biológicos e sociais. Enquanto a Teoria Cibernética criada pelo autor Norbert Wiener (1894-1964) é mecanicista por estar associada às máquinas, ou sistemas artificiais.
FIGUEIREDO (1991), em seu livro Matrizes do Pensamento Psicológico, acrescenta que a Psicologia era composta por dois tipos de ciências; matrizes cientificistas e românticas. Sobre esse enfoque a matriz cientificista funcionalista e organicista, explica a relação que existe de um órgão, de um mecanismo, de um processo fisiológico, de um comportamento que se remete ao todo de que faz parte e a interdependência das partes deste todo. Todo e qualquer organismo é uma totalidade integrada e, portanto, um sistema vivo.
A Teoria Geral dos Sistemas se propôs como uma teoria “de princípios universais aplicáveis aos sistemas em geral quer sejam de natureza física, biológica, quer de natureza sociológica, desenvolvendo princípios básicos interdisciplinares.” Bertalanffy( 1968 apud Vasconcellos, 2003)
Vasconcellos (2003) acrescenta as diversas áreas a que a Teoria Geral dos Sistemas seria aplicável como: a embriologia, o sistema