Fundamentos do direito a educação
Partindo de entrevistas com pesquisadores de expressiva produção no campo do currículo, nacionalmente renomados e politicamente comprometidos com a construção de uma sociedade mais justa e mais democrática, este artigo procura entender seus pontos de vista sobre os rumos da teoria e do ensino do currículo, seus impasses, suas influências e suas possibilidades. O artigo representa as perspectivas dos entrevistados em torno dos blocos temáticos: a teorização em currículo, o ensino de currículo na universidade e a prática na escola. Entre as conclusões deste estudo está a ideia de que os curriculistas precisam delimitar melhor os temas prioritários de suas investigações. O artigo sugere que se teorize tendo por referência a escolarização e suas condições econômicas, políticas e culturais. Por fim, este estudo aponta como inadiável a discussão e a revisão dos conteúdos e dos métodos empregados no ensino de Currículo em nossas instituições de ensino superior. Barry Franklin (1999), um dos mais importantes pesquisadores em história do currículo, apresentou na reunião da AERA de 1999, em Montreal, o estado da arte do campo do currículo nos anos noventa. O ponto de partida de sua discussão foi o conjunto de entrevistas a que foi submetido, em 1998, ao postular o cargo de professor de Currículo e Ensino em cinco universidades americanas. Para ele, as visitas aos respectivos departamentos propiciaram insights que certamente nenhuma análise de textos da teoria do currículo poderia fazê-lo. Considerando, em cada departamento, as disciplinas ministradas, o relevo atribuído aos cursos de formação de professores e o lugar concedido à pesquisa, Franklin apresenta suas reflexões sobre o campo do currículo nos anos noventa. Supõe, inicialmente, que a dispersão