Fundamentos de imageamento digital
Introdução
As primeiras ideias no que diz respeito à análise e ao processamento de imagens digitais remontam a 1920, com a transmissão de imagens via cabo. Os trabalhos iniciais eram voltados para projetos espaciais, devido ao alto custo dos sistemas computacionais e especialmente dos sistemas de exibição/visualização envolvidos. Ao final dos anos 70, contudo, houve um grande crescimento nesta área, devido principalmente aos avanços no desenvolvimento dos sistemas hardwares em geral. Por volta dos anos 80/90 já havia poder computacional barato o suficiente para que o processamento de imagens pudesse sair dos laboratórios de pesquisa. Nos anos 2000, um vasto crescimento da fotografia digital impulsionou ainda mais projetos de pesquisa e desenvolvimento para a otimização de todas as etapas do imageamento digital, tanto em hardware como em software. A partir daí, houve uma tendência geral para que todos os vídeos e TVs fossem digitais, proporcionando uma qualidade muito superior ao que se dispunha até então e satisfazendo as mais variadas necessidades, como entretenimento, aplicações aeroespaciais, biomédicas, comunicações, e muitas outras.
Uma imagem pode ser definida como sendo a reflexão ou emissão de radiação por um objeto ou cena. Estas são normalmente armazenadas em computador (PCs, smartphones, tablets, etc.) como um array de números, a partir de amostragem, que geralmente é regular.
Neste trabalho são abordados os principais fundamentos do imageamento digital, como as características dos processos e tarefas envolvidos (amostragem, resolução espacial e temporal, captura, visualização, reconstrução e análise da imagem, armazenamento e processamento), bem como problemas e aplicações associados. Além disso, uma aplicação específica (tomografia computadorizada) foi escolhida para ilustrar os princípios do imageamento digital.
Conceitos básicos sobre imageamento digital
Quando se trabalha com imagens