Fundamentos da orientação educacional
Educadores e educadoras precisam acreditar na possibilidade de mudança. Entender que a educação, por ser uma forma de intervir no mundo, deve possibilitar o exercício da compreensão crítica da realidade a fim de atender aos interesses da classe dominada. Se posicionar a favor dos oprimidos significa estar inserido na luta pela libertação dos indivíduos e/ou das classes sociais, significa assumir politicamente uma posição perante a formação de uma sociedade mais justa e humanizada.
A escola precisa refletir o momento histórico que estamos atravessando, considerando a diversidade como característica do sujeito em processo de constante transformação, a fim de oferecer uma educação de qualidade para todos, procurando, assim, superar os obstáculos impostos à inclusão que acontecem devido à resistência de muitos em aceitar o outro com suas peculiaridades. Neste sentido, diz Freire:
O processo de ensino e aprendizagem do (a) aluno (a) se dá através das interações sociais ocorridas dentro do ambiente escolar. Deste modo, entendemos a relação educador-educando como sendo de fundamental importância neste processo. Essa interação pressupõe um querer-bem aos educandos e educandas sem medo de expressar sua afetividade.
A diversidade é muito mais do que o conjunto das diferenças. Ao entrarmos nesse campo, estamos lidando com a construção histórica, social e cultural das diferenças a qual está ligada às relações de poder, aos processos de colonização e dominação. Portanto, ao falarmos sobre a diversidade (biológica e cultural) não podemos desconsiderar a construção das identidades, o contexto das desigualdades e das lutas sociais.
A escola inclusiva direciona-se para um ensino que, além de reforçar os mecanismos de interação solidária e os procedimentos cooperativos, auxilie o ser humano a se ver e se perceber como parte de um todo que independe de suas características físicas. A inclusão diz respeito a todos