Fundamentos da educação dos surdos
Com os avanços sociais e as concepções de se combater a pobreza e gerar a inclusão social, têm-se aumentado os debates envolvendo os excluídos e vêm surgindo novas propostas para se tentar fazer uma sociedade mais justa e igualitária para todos, sendo que grande parte dessas propostas e projetos contemplam na escola, um forte instrumento de mudança onde é possível alcançar grandes objetivos e mudar a forma de pensar das pessoas, pois é justamente nessa instituição que os cidadãos começam a se preparar para a vida em sociedade, para se relacionar com o mundo, é onde acontece a articulação entre o pensar e o fazer, partindo-se do pressuposto de que o ser humano pode ser transformado através de uma educação adequada, que contemple e respeite as diferenças, formando verdadeiros cidadãos.
Neste contexto, apesar de todas as discussões e tentativas de amparo social, o surdo se mostra inferiorizado perante os ouvintes, que são os maiores detentores da linguagem – inclusive da linguagem de sinais - e em sua maioria, são os que formulam as legislações específicas para essas pessoas que não podem ouvir e no âmbito escolar, ao serem tratados como ouvintes e ensinados dessa forma, muitas vezes não alcançam os resultados esperados e são ainda mais degradados e deixados à margem da sociedade.
Pautados nesta dicotomia e fundamentados pela apostila anteriormente citada, pretende-se conhecer um pouco mais sobre a história da educação para os surdos e os avanços alcançados ao longo dos anos.
Durantes vários séculos de sua existência, todo aquele portador de alguma deficiência era colocado perante a sociedade como um inválido, um estorvo, que não podia contribuir com nada, não conseguia trabalhar, pois acreditavam que sua debilidade o impedia de viver como os demais cidadãos, então, aqueles desprovidos de recursos monetários, viviam como vagabundos, muitas vezes mendigando pelas ruas, esperando pela caridade do próximo para sobreviverem. Em